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Municipal

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FACHADA DA CÂMARA MUNICIPAL

“Tanto na Prefeitura, quanto nos palacetes dos Coronéis do Zebu, estão presentes os projetos de arquitetura externa e interna dos imigrantes. A autoria dos trabalhos de estuques que ornamentam o Salão Nobre sugere contradição. Alguns alegam que foi executado pelo imigrante Carlos Machi, ora Santos Guido, e as pinturas dos medalhões do Salão e da sala da Presidência, de autoria dos jovens italianos Vicente Corcione e Rodolpho Mosello (1921). Um dos painéis principais enfoca a “Árvore do Choro”, paisagem tradicional, alusiva ao ponto de despedida dos viajantes, amigos, familiares; o outro a “Princesa do Sertão”, uma figura feminina, sentada no trono, vestida e ladeada por elementos à moda imperial, com a cidade ao fundo, representando a praça Rui Barbosa. Os medalhões da Sala da Presidência apresentam cenas principescas com figuras e paisagens. (Salgueiro, Heliana Angotti).

Ao longo dos anos, o sobrado teve as mais diversas finalidades, sempre vinculadas à importância e à majestade do prédio, assim como às necessidades básicas da população. O edifício, tombado pelo Patrimônio Histórico, possui grande expressão artística, cultural, histórica e turística e, atualmente, abriga apenas a Câmara de Vereadores.

O prédio do Paço Municipal foi o marco inicial de Uberaba alçada à condição de município independente. Construído pelo Capitão Domingos da Silva e Oliveira, em 1836, foi inaugurado em 1837, para sediar o governo municipal.

O sobrado passou por reformas, resguardando características como proporção, número de pavimentos, estrutura e decoração interna. As reformas datam de 1888, 1893, e 1918 até 1919, e o prédio atual foi reinaugurado em julho de 1920. O arquiteto italiano Luis Dorça modificou a “antiga forma das edificações portuguesas”. As portas do pavimento são em arco de volta inteira com exageradas molduras em arcadas fingidas, o pavimento superior apresenta janelas retangulares com bandeiras sobre parede ranhurada (apenas a central tem coroamento em arco com as armas do Estado) e a platibanda é totalmente despojada. A planta é do engenheiro e arquiteto W. Brosenius, para um prédio com dois pavimentos, em cujo centro há um alto torreão de belo estilo, e o construtor foi Santos Guido, introdutor das “ordens civis modernas”.

(1900) 2º prédio da Prefeitura Municipal

“Tanto na Prefeitura, quanto nos palacetes dos Coronéis do Zebu, estão presentes os projetos de arquitetura externa e interna dos imigrantes. A autoria dos trabalhos de estuques que ornamentam o Salão Nobre sugere contradição. Alguns alegam que foi executado pelo imigrante Carlos Machi, ora Santos Guido, e as pinturas dos medalhões do Salão e da sala da Presidência, de autoria dos jovens italianos Vicente Corcione e Rodolpho Mosello (1921). Um dos painéis principais enfoca a “Árvore do Choro”, paisagem tradicional, alusiva ao ponto de despedida dos viajantes, amigos, familiares; o outro a “Princesa do Sertão”, uma figura feminina, sentada no trono, vestida e ladeada por elementos à moda imperial, com a cidade ao fundo, representando a praça Rui Barbosa. Os medalhões da Sala da Presidência apresentam cenas principescas com figuras e paisagens. (Salgueiro, Heliana Angotti).

Ao longo dos anos, o sobrado teve as mais diversas finalidades, sempre vinculadas à importância e à majestade do prédio, assim como às necessidades básicas da população. O edifício, tombado pelo Patrimônio Histórico, possui grande expressão artística, cultural, histórica e turística e, atualmente, abriga apenas a Câmara de Vereadores.

Câmara Municipal - NR 526

De acordo com o levantamento de campo do IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) – 1987 e pesquisa do Arquivo Público de Uberaba, toda a decoração, ainda longe do art-nouveau que caracterizaria as residências da época, apresenta vocabulários estilísticos do rococó, renascidos dentro do movimento eclético e de uso mais constante na ornamentação de edificações públicas.

Os trabalhos em estuque do forro formam painéis geométricos com florões, figuras zoomorfas com cabeças humanas, cartelas circulares com pinturas e barrados com elementos fitomorfos. A cimalha apresenta diferentes frisos escalonados, que intercalam motivos vegetais e geométricos, arrematada por barrado pintado com os mesmos elementos. A decoração pictórica das paredes obedece a uma ordem que interpõe os diversos vãos com os painéis. No sentido longitudinal do retângulo, esses painéis repetem dois modelos diferentes que se intercalam, ambos apresentando decoração fitomórfica circunscrita em molduras com relevo.

A decoração pictórica foi restaurada em 1972, por Carlos P. Sanchez e, de acordo com restauradores atuais, são visíveis os sinais de repintura. Complementam o ambiente cinco lustres de cristal. O mobiliário da época, com especial destaque para a cancela com balaústres em madeira torneada, foi retirado em 2005, data do início da nova restauração.

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