Imóvel datado de 1909, construído segundo tradição familiar, pelo mestre-de-obras Eugênio Borelli, para servir de residência a família de Alexandre Cunha Campos.

Edificação de esquina, com partido em L, implantada no alinhamento da rua sobre porão alto com abertura para ventilação. O acesso é feito através do jardim frontal, pela varanda que acompanha o partido. Esta tem cobertura independente, apoiada em belas colunas de ferro, com gradil.

A cobertura é em duas águas de telhas francesas com calha para escoamento das águas pluviais. As fachadas são semelhantes, ritmadas e bem proporcionadas, apresentando vãos com predomínio de verticalidade, com bandeira fixa e folhas de abrir em esquadria de madeira e vidro. Parapeitos e sobrevergas são ornados em relevo de massa. Empena proeminente com relevo triangular em massa e ornato central completam a composição.

Internamente, os salões são amplos e intercomunicantes. O forro é de madeira. A edificação conserva suas características originais e encontra-se em satisfatório estado de conservação.

Buscando em fontes primárias do acervo do Arquivo Público de Uberaba encontramos menção ao imóvel no livro de “lançamentos de impostos urbanos e ruraes do districto de Uberaba, relativo ao exercício de 1921”, nessa época a residência era de José Ferreira de Mendonça e o endereço seria Rua Lauro Borges, nº 38. Pedro de Azevedo Mendonça era filho de José Ferreira Mendonça e de Iveta Soares Azevedo Mendonça. 

Importante lembrar que essa residência, na década de 1980, foi sede da Fundação Cultural de Uberaba.